ANTONIO GONÇALVES DIAS
1823 - 1864
CORA CORALINA
1889 - 1985
JORGE AMADO
1912 - 2001
FAGUNDES VARELLA
1841 -1875
MILTON HATOUM
1952 - PRESENT
Cora Coralina foi uma poetisa e contista brasileira. Publicou seu primeiro livro quando tinha 75 anos e tornou-se uma das vozes femininas mais relevantes da literatura nacional.
Ana Lins dos Guimarães Peixoto conhecida como Cora Coralina, nasceu na cidade de Goiás, no Estado de Goiás, no dia 20 de agosto de 1889. Filha de Francisco de Paula Lins dos Guimarães Peixoto, desembargador, nomeado por Dom Pedro II, e de Jacinta Luísa do Couto Brandão. Cursou apenas até a terceira série do curso primário. Em 1934, depois da morte do marido, Cora Coralina tornou-se doceira para sustentar os quatro filhos. Viveu por muito tempo de sua produção de doces. Embora continuasse escrevendo, produzindo poemas ligados à sua história e aos ambientes em que fora criada, se dizia mais doceira do que escritora. Considerava os doces cristalizados de caju, abóbora, figo e laranja, que encantavam os vizinhos e amigos, obras melhores do que os poemas escritos em folhas de caderno.
Já em São Paulo, em 1934, trabalhou como vendedora de livros. Em 1936, muda-se para Andradina, onde começa a escrever para o jornal da cidade. Em 1951 candidata-se a vereadora. Passados cinco anos, resolve voltar para sua cidade natal. Em 1959, com 70 anos, decidiu aprender datilografia para preparar suas poesias e entregá-las aos editores.
Seu primeiro livro publicado em 1965, com 75 anos. Coralina conseguiu realizar o seu sonho de publicar o primeiro livro "O Poema dos Becos de Goiás e Estórias Mais".
Em 1970, toma posse da cadeira nº. 5 da Academia Feminina de Letras e Artes de Goiás. Em 1976, lança seu segundo livro "Meu Livro de Cordel". O interesse do grande público só foi despertado graças aos elogios do poeta Carlos Drummond de Andrade, em 1980.
Obras de Cora Coralina
• Poemas dos Becos de Goiás e Estórias Mais, poesia, 1965
• Meu Livro de Cordel, poesia, 1976
• Vintém de Cobre: Meias Confissões de Aninha, poesia, 1983
• Estórias da Casa Velha da Ponte, contos, 1985
• Os Meninos Verdes, infantil, 1980
• Tesouro da Casa Velha, poesia, 1996 (obra póstuma)
• A Moeda de Ouro Que um Pato Engoliu, infantil, 1999 (obra póstuma)
• Vila Boa de Goiás, poesia, 2001 (obra póstuma)
• O Pato Azul-Pombinho, infantil, 2001 (obra póstuma)
Jorge Amado foi um escritor brasileiro, um dos maiores representantes da ficção regionalista que marcou o Segundo Tempo Modernista. Sua obra é baseada na exposição e análise realista dos cenários rurais e urbanos da Bahia.
Jorge Amado de Farias nasceu na Fazenda Auricídia, em Ferradas, município de Itabuna, Bahia, no dia 10 de agosto de 1912. Filho de João Amado de Faria e Eulália Leal Amado, fazendeiros de cacau.
Dirigiu dois jornais, “A Pátria” o jornal oficial, e “A Folha”, fundado por ele, que contestava A Pátria. Com 14 anos estreou na revista “A Luva”, com um poema de feições modernistas.
Em 1961, Jorge Amado candidata-se à Academia Brasileira de Letras. É eleito por unanimidade, onde ocupou a cadeira n.º 23. Nesse mesmo ano, publica Os Velhos Marinheiros.
Jorge Amado mudou-se para o Rio de Janeiro em 1930 e em 1931 ingressou na Faculdade de Direito. Em seguida publicou seu primeiro romance O País do Carnaval, que narra a tentativa frustrada de um intelectual brasileiro, de formação europeia, de participar da vida política e cultural brasileira. Tendo fracassado regressa à Europa. Em 1933 lança seu segundo livro Cacau, que teve vários exemplares apreendidos. Jorge foi preso, por pertencer à Aliança Libertadora Nacional, em 1936, junto com outros intelectuais, entre os quais Graciliano Ramos.
Publica Capitães de Areia, 1937, que retrata a vida de menores delinquentes da Bahia. A obra é apreendida pela censura do Estado Novo, e ele é novamente preso. Em 1941 refugia-se na Argentina e começa a redigir O Cavaleiro da Esperança, que relata a vida de Luiz Carlos Prestes.
Jorge Amado iniciou sua carreira de escritor com obras de cunho regionalista, que caracterizou o “Segundo Tempo Modernista” (1930-1945), que retrata a vida urbana de Salvador. Sua obra apresenta forte preocupação político-social, que denuncia, em um tom seco, lírico e participante, a miséria e a opressão do trabalhador rural e das classes populares, como é o caso de País do Carnaval e Capitães de Areia. Com o amadurecimento, sua força poética volta-se para as fazendas de cacau de Ilhéus e Itabuna, para a seca, a exploração do trabalhador urbano e rural e para o coronelismo latifundiário, como Cacau, Terras do Sem-fim e São Jorge dos Ilhéus.
De volta ao Brasil, em 1945, e ligado ao Partido Comunista, Jorge Amado foi eleito deputado federal por São Paulo. Em 1948 tem seu mandato cassado e vai residir em Paris. Muda-se para a Tchecoslováquia,1950, onde escreve O Mundo da Paz. Em 1951 recebe, em Moscou, pelo conjunto de sua obra, o Prêmio Internacional Stalin.
Em 1956 retorna ao Brasil. Em 1958 escreve o livro mais famoso de sua obra: Gabriela, Cravo e Canela. Era o início da segunda fase de sua obra, caracterizada pelo tratamento satírico e humorístico dos textos, sem prejuízo das intenções da crítica social. Volta a residir na Bahia em 1960. Em 1969 publica Tenda dos Milagres e, em 1972 publica Tereza Batista Cansada de Guerra. Em 1976, a obra recebe o Prêmio Lila. Em 1977 publica Tieta do Agreste.
Jorge Amado também fez parte da Academia de Ciências e Letras da República Democrática da Alemanha; da Academia das Ciências de Lisboa; da Academia Paulista de Letras; e membro especial da Academia de Letras da Bahia. Amado foi casado com a escritora Zélia Gattai (1916-2008), que aos 63 anos começou a escrever suas memórias, Anarquistas, Graças a Deus.
Obras de Jorge Amado
• O País do Carnaval, 1931
• Cacau, 1933
• Suor, 1934
• Jubiabá, 1935
• Mar Morto, 1936
• Capitães de Areia, 1937
• A Estrela do Mar, poesia, 1938
• Terras do Sem-Fim, 1943
• O Amor do Soldado, 1944
• São Jorge dos Ilhéus, 1944
• Bahia de Todos os Santos, 1944
• Seara Vermelha, 1945
• O Mundo da Paz, 1951
• Os Subterrâneos da Liberdade, 1954
• Gabriela Cravo e Canela, 1958
• Os Velhos Marinheiros, 1961
• Os Pastores da Noite, 1964
• Dona Flor e Seus Dois Maridos, 1966
• Tenda dos Milagres, 1969
• Teresa Batista Cansada de Guerra, 1972
• Tieta do Agreste, 1977
• Farda Fardão Camisola de Dormir, 1979
• O Menino Grapiúna, 1981
• Tocaia Grande, 1984
• O Sumiço da Santa: Uma História de Feitiçaria, 1988
• Navegação de Cabotagem, 1992
• A Descoberta da América pelos Turcos, 1994
• O Milagre dos Pássaros, 1997
Luiz Nicolau Fagundes Varela, foi um poeta brasileiro. Sua poesia apresenta características da segunda e da terceira geração de poetas românticos do Brasil. Além de apresentar temas sobre a natureza, a angústia, a solidão, a melancolia e o desengano, apresenta também temas sociais e políticos.
É patrono da cadeira n.º 11 da Academia Brasileira de Letras.
Fagundes Varela (Luís Nicolau Fagundes Varela) nasceu na Fazenda Santa Clara, em Rio Claro, no Rio de Janeiro, no dia 17 de agosto de 1841. Filho do Magistrado e fazendeiro Emiliano Fagundes Varela e de Emília de Andrade passou a infância junto à natureza.
Em 1860, muda-se para São Paulo, ingressa na Faculdade de Direito no Largo São Francisco e participa da vida boêmia da cidade.
Mudou-se para Paris aos 20 anos e voltou aos 27. Casou-se novamente com uma prima - Maria Belisária de Brito Lambert, sendo novamente pai de duas meninas e um menino, também falecido prematuramente.
Embriagando-se e escrevendo, faleceu ainda jovem, vivendo à custa do pai, passando boa parte do tempo no campo, seu ambiente predileto.
Fagundes Varela morreu com 33 anos de idade.
Obras de Fagundes Varella
•Noturnos (1861)
• Cântico do Calvário (poema 1863)
• O Estandarte Auriverde (1863)
• Vozes da América (1864)
• Cantos e Fantasias (1865)
• Cantos Meridionais (1869)
• Cantos do Ermo e da Cidade (1869)
• Anchieta ou Evangelho na Selva (1875)
• Cantos Religiosos (1878)
• Diário de Lázaro (1880).
Milton Hatoum nasceu em 1952, em Manaus (Amazonas), onde passou a infância e uma parte da juventude. Em 1967 mudou-se para Brasília, onde estudou no Colégio de Aplicação da UnB. Morou durante a década de 1970 em São Paulo, onde se diplomou em arquitetura na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP, trabalhou como jornalista cultural e foi professor universitário de História da Arquitetura. Em 1980 viajou como bolsista para a Espanha, onde morou em Madri e Barcelona. Depois passou três anos em Paris, onde estudou literatura comparada na Sorbonne (Paris III). Autor de quatro romances premiados, sua obra foi traduzida em doze línguas e publicada em catorze países.
Foi professor de literatura francesa da Universidade Federal do Amazonas (1984-1999) e professor visitante da Universidade da California (Berkeley/1996). Foi também escritor residente na Yale University (New Haven/EUA), Stanford University e na Universidade da California (Berkeley). Bolsista da Fundação VITAE, da Maison des Ecrivains Etrangers (Saint Nazaire,França) e do International Writing Program (Iowa/EUA).
Em 1989, seu primeiro romance Relato de um certo Oriente, publicado pela editora Companhia das Letras, ganhou o prêmio Jabuti de melhor romance. Em 2000 publicou o romance Dois irmãos(prêmio Jabuti – 3º lugar na categoria romance/ indicado para o prêmio IMPAC-DUBLIN), eleito o melhor romance brasileiro no período 1990-2005 em pesquisa feita pelos jornais Correio Braziliense e O Estado de Minas. Em 2001, foi um dos finalistas do Prêmio Multicultural do Estadão, por conta da publicação do em Dois Irmãos. Em 2005, seu terceiro romance, Cinzas do Norte, obteve o Prêmio Portugal Telecom, Grande Prêmio da Crítica/APCA-2005, Prêmio Jabuti/2006 de Melhor romance, Prêmio Livro do Ano da CBL, Prêmio BRAVO! de literatura. Em 2008, recebeu do Ministério da Cultura a Ordem do mérito cultural. Em 2010, a tradução inglesa de Cinzas do Norte (Ashes of the Amazon, Bloomsbury,2008) foi indicada para o prêmio IMPAC-DUBLIN.
Em 2008 publicou seu quarto romance, Órfãos do Eldorado, Prêmio Jabuti – 2º lugar na categoria romance. Órfãos do Eldorado faz parte da coleção Myths, da editora escocesa Canongate. Em 2009 publicou o livro de contos A cidade ilhada. Em 2013, publicou o livro Um solitário à espreita, uma seleção de crônicas publicadas em jornais e revistas. Todos os seus livros foram publicados no Brasil pela editora Companhia das Letras, cujas vendas ultrapassam trezentos mil exemplares.
Sua obra já foi traduzida em 12 línguas e publicada em 14 países. As informações podem ser pesquisadas no próprio site.
Prêmio - 2009 São Paulo Prize for Literature — O Melhor Livro do Ano, Órfãos do Eldorado
Novelas
• Relato de um Certo Oriente ("Tale of a Certain Orient"). São Paulo: Cia. das Letras, 1990.
• Dois Irmãos ("The Brothers"). São Paulo: Cia. das Letras, 2000.
• Cinzas do Norte ("Ashes of the Amazon"), 2005.
• Orfãos do Eldorado ("Orphans of Eldorado"). São Paulo: Cia. das Letras, 2008.
• A Noite da Espera ("The Night of Waiting"). São Paulo, Cia das Letras, 2017.
Adaptações
• Fábio Moon and Gabriel Bá:
Two Brothers, Milwaukie: Dark Horse Comics, 2015;
uma comédia based em Dois Irmãos.[9]
• In 2017, Two Brothers (Dois Irmãos) debuted in a miniseries format on TV Globo, directed by Luiz Fernando Carvalho and actor Cauã Reymond in the role of one of the twin brothers
Pequenas Estórias
• A Cidade Ilhada
• Você tem medo do quê?
• Varandas da Eva
ANTONIO
GONÇALVES DIAS
1823 - 1864
CORA
CORALINA
1889 - 1985
JORGE
AMADO
1912 - 2001
FAGUNDES
VARELLA
1841 -1875
MILTON
HATOUM
1952 - PRESENT
Cora Coralina
Ana Lins dos Guimarães Peixoto conhecida como Cora Coralina, nasceu na cidade de Goiás, no Estado de Goiás, no dia 20 de agosto de 1889. Filha de Francisco de Paula Lins dos Guimarães Peixoto, desembargador, nomeado por Dom Pedro II, e de Jacinta Luísa do Couto Brandão. Cursou apenas até a terceira série do curso primário. Em 1934, depois da morte do marido, Cora Coralina tornou-se doceira para sustentar os quatro filhos. Viveu por muito tempo de sua produção de doces. Embora continuasse escrevendo, produzindo poemas ligados à sua história e aos ambientes em que fora criada, se dizia mais doceira do que escritora. Considerava os doces cristalizados de caju, abóbora, figo e laranja, que encantavam os vizinhos e amigos, obras melhores do que os poemas escritos em folhas de caderno.
Já em São Paulo, em 1934, trabalhou como vendedora de livros. Em 1936, muda-se para Andradina, onde começa a escrever para o jornal da cidade. Em 1951 candidata-se a vereadora. Passados cinco anos, resolve voltar para sua cidade natal. Em 1959, com 70 anos, decidiu aprender datilografia para preparar suas poesias e entregá-las aos editores.
Seu primeiro livro publicado em 1965, com 75 anos. Coralina conseguiu realizar o seu sonho de publicar o primeiro livro "O Poema dos Becos de Goiás e Estórias Mais".
Em 1970, toma posse da cadeira nº. 5 da Academia Feminina de Letras e Artes de Goiás. Em 1976, lança seu segundo livro "Meu Livro de Cordel". O interesse do grande público só foi despertado graças aos elogios do poeta Carlos Drummond de Andrade, em 1980.
Obras de Cora Coralina
• Poemas dos Becos de Goiás e Estórias Mais, poesia, 1965
• Meu Livro de Cordel, poesia, 1976
• Vintém de Cobre: Meias Confissões de Aninha, poesia, 1983
• Estórias da Casa Velha da Ponte, contos, 1985
• Os Meninos Verdes, infantil, 1980
• Tesouro da Casa Velha, poesia, 1996 (obra póstuma)
• A Moeda de Ouro Que um Pato Engoliu, infantil, 1999 (obra póstuma)
• Vila Boa de Goiás, poesia, 2001 (obra póstuma)
• O Pato Azul-Pombinho, infantil, 2001 (obra póstuma)
Jorge Amado
Jorge Amado de Farias nasceu na Fazenda Auricídia, em Ferradas, município de Itabuna, Bahia, no dia 10 de agosto de 1912. Filho de João Amado de Faria e Eulália Leal Amado, fazendeiros de cacau.
Dirigiu dois jornais, “A Pátria” o jornal oficial, e “A Folha”, fundado por ele, que contestava A Pátria. Com 14 anos estreou na revista “A Luva”, com um poema de feições modernistas.
Em 1961, Jorge Amado candidata-se à Academia Brasileira de Letras. É eleito por unanimidade, onde ocupou a cadeira n.º 23. Nesse mesmo ano, publica Os Velhos Marinheiros.
Jorge Amado mudou-se para o Rio de Janeiro em 1930 e em 1931 ingressou na Faculdade de Direito. Em seguida publicou seu primeiro romance O País do Carnaval, que narra a tentativa frustrada de um intelectual brasileiro, de formação europeia, de participar da vida política e cultural brasileira. Tendo fracassado regressa à Europa. Em 1933 lança seu segundo livro Cacau, que teve vários exemplares apreendidos. Jorge foi preso, por pertencer à Aliança Libertadora Nacional, em 1936, junto com outros intelectuais, entre os quais Graciliano Ramos.
Publica Capitães de Areia, 1937, que retrata a vida de menores delinquentes da Bahia. A obra é apreendida pela censura do Estado Novo, e ele é novamente preso. Em 1941 refugia-se na Argentina e começa a redigir O Cavaleiro da Esperança, que relata a vida de Luiz Carlos Prestes.
Jorge Amado iniciou sua carreira de escritor com obras de cunho regionalista, que caracterizou o “Segundo Tempo Modernista” (1930-1945), que retrata a vida urbana de Salvador. Sua obra apresenta forte preocupação político-social, que denuncia, em um tom seco, lírico e participante, a miséria e a opressão do trabalhador rural e das classes populares, como é o caso de País do Carnaval e Capitães de Areia. Com o amadurecimento, sua força poética volta-se para as fazendas de cacau de Ilhéus e Itabuna, para a seca, a exploração do trabalhador urbano e rural e para o coronelismo latifundiário, como Cacau, Terras do Sem-fim e São Jorge dos Ilhéus.
De volta ao Brasil, em 1945, e ligado ao Partido Comunista, Jorge Amado foi eleito deputado federal por São Paulo. Em 1948 tem seu mandato cassado e vai residir em Paris. Muda-se para a Tchecoslováquia,1950, onde escreve O Mundo da Paz. Em 1951 recebe, em Moscou, pelo conjunto de sua obra, o Prêmio Internacional Stalin.
Em 1956 retorna ao Brasil. Em 1958 escreve o livro mais famoso de sua obra: Gabriela, Cravo e Canela. Era o início da segunda fase de sua obra, caracterizada pelo tratamento satírico e humorístico dos textos, sem prejuízo das intenções da crítica social. Volta a residir na Bahia em 1960. Em 1969 publica Tenda dos Milagres e, em 1972 publica Tereza Batista Cansada de Guerra. Em 1976, a obra recebe o Prêmio Lila. Em 1977 publica Tieta do Agreste.
Jorge Amado também fez parte da Academia de Ciências e Letras da República Democrática da Alemanha; da Academia das Ciências de Lisboa; da Academia Paulista de Letras; e membro especial da Academia de Letras da Bahia. Amado foi casado com a escritora Zélia Gattai (1916-2008), que aos 63 anos começou a escrever suas memórias, Anarquistas, Graças a Deus.
Obras de Jorge Amado
• O País do Carnaval, 1931
• Cacau, 1933
• Suor, 1934
• Jubiabá, 1935
• Mar Morto, 1936
• Capitães de Areia, 1937
• A Estrela do Mar, poesia, 1938
• Terras do Sem-Fim, 1943
• O Amor do Soldado, 1944
• São Jorge dos Ilhéus, 1944
• Bahia de Todos os Santos, 1944
• Seara Vermelha, 1945
• O Mundo da Paz, 1951
• Os Subterrâneos da Liberdade, 1954
• Gabriela Cravo e Canela, 1958
• Os Velhos Marinheiros, 1961
• Os Pastores da Noite, 1964
• Dona Flor e Seus Dois Maridos, 1966
• Tenda dos Milagres, 1969
• Teresa Batista Cansada de Guerra, 1972
• Tieta do Agreste, 1977
• Farda Fardão Camisola de Dormir, 1979
• O Menino Grapiúna, 1981
• Tocaia Grande, 1984
• O Sumiço da Santa: Uma História de Feitiçaria, 1988
• Navegação de Cabotagem, 1992
• A Descoberta da América pelos Turcos, 1994
• O Milagre dos Pássaros, 1997
Luiz Nicolau Fagundes Varelafoi um poeta brasileiro. Sua poesia apresenta características da segunda e da terceira geração de poetas românticos do Brasil. Além de apresentar temas sobre a natureza, a angústia, a solidão, a melancolia e o desengano, apresenta também temas sociais e políticos.
É patrono da cadeira n.º 11 da Academia Brasileira de Letras.
Fagundes Varela (Luís Nicolau Fagundes Varela) nasceu na Fazenda Santa Clara, em Rio Claro, no Rio de Janeiro, no dia 17 de agosto de 1841. Filho do Magistrado e fazendeiro Emiliano Fagundes Varela e de Emília de Andrade passou a infância junto à natureza.
Em 1860, muda-se para São Paulo, ingressa na Faculdade de Direito no Largo São Francisco e participa da vida boêmia da cidade.
Mudou-se para Paris aos 20 anos e voltou aos 27. Casou-se novamente com uma prima - Maria Belisária de Brito Lambert, sendo novamente pai de duas meninas e um menino, também falecido prematuramente.
Embriagando-se e escrevendo, faleceu ainda jovem, vivendo à custa do pai, passando boa parte do tempo no campo, seu ambiente predileto.
Fagundes Varela morreu com 33 anos de idade.
Obras de Fagundes Varella
•Noturnos (1861)
• Cântico do Calvário (poema 1863)
• O Estandarte Auriverde (1863)
• Vozes da América (1864)
• Cantos e Fantasias (1865)
• Cantos Meridionais (1869)
• Cantos do Ermo e da Cidade (1869)
• Anchieta ou Evangelho na Selva (1875)
• Cantos Religiosos (1878)
• Diário de Lázaro (1880).
Milton Hatoum nasceu em 1952, em Manaus (Amazonas), onde passou a infância e uma parte da juventude. Em 1967 mudou-se para Brasília, onde estudou no Colégio de Aplicação da UnB. Morou durante a década de 1970 em São Paulo, onde se diplomou em arquitetura na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP, trabalhou como jornalista cultural e foi professor universitário de História da Arquitetura. Em 1980 viajou como bolsista para a Espanha, onde morou em Madri e Barcelona. Depois passou três anos em Paris, onde estudou literatura comparada na Sorbonne (Paris III). Autor de quatro romances premiados, sua obra foi traduzida em doze línguas e publicada em catorze países.
Foi professor de literatura francesa da Universidade Federal do Amazonas (1984-1999) e professor visitante da Universidade da California (Berkeley/1996). Foi também escritor residente na Yale University (New Haven/EUA), Stanford University e na Universidade da California (Berkeley). Bolsista da Fundação VITAE, da Maison des Ecrivains Etrangers (Saint Nazaire,França) e do International Writing Program (Iowa/EUA).
Em 1989, seu primeiro romance Relato de um certo Oriente, publicado pela editora Companhia das Letras, ganhou o prêmio Jabuti de melhor romance. Em 2000 publicou o romance Dois irmãos(prêmio Jabuti – 3º lugar na categoria romance/ indicado para o prêmio IMPAC-DUBLIN), eleito o melhor romance brasileiro no período 1990-2005 em pesquisa feita pelos jornais Correio Braziliense e O Estado de Minas. Em 2001, foi um dos finalistas do Prêmio Multicultural do Estadão, por conta da publicação do em Dois Irmãos. Em 2005, seu terceiro romance, Cinzas do Norte, obteve o Prêmio Portugal Telecom, Grande Prêmio da Crítica/APCA-2005, Prêmio Jabuti/2006 de Melhor romance, Prêmio Livro do Ano da CBL, Prêmio BRAVO! de literatura. Em 2008, recebeu do Ministério da Cultura a Ordem do mérito cultural. Em 2010, a tradução inglesa de Cinzas do Norte (Ashes of the Amazon, Bloomsbury,2008) foi indicada para o prêmio IMPAC-DUBLIN.
Em 2008 publicou seu quarto romance, Órfãos do Eldorado, Prêmio Jabuti – 2º lugar na categoria romance. Órfãos do Eldorado faz parte da coleção Myths, da editora escocesa Canongate. Em 2009 publicou o livro de contos A cidade ilhada. Em 2013, publicou o livro Um solitário à espreita, uma seleção de crônicas publicadas em jornais e revistas. Todos os seus livros foram publicados no Brasil pela editora Companhia das Letras, cujas vendas ultrapassam trezentos mil exemplares.
Sua obra já foi traduzida em 12 línguas e publicada em 14 países. As informações podem ser pesquisadas no próprio site.
Prêmio - 2009 São Paulo Prize for Literature — O Melhor Livro do Ano, Órfãos do Eldorado
Novelas
• Relato de um Certo Oriente ("Tale of a Certain Orient"). São Paulo: Cia. das Letras, 1990.
• Dois Irmãos ("The Brothers"). São Paulo: Cia. das Letras, 2000.
• Cinzas do Norte ("Ashes of the Amazon"), 2005.
• Orfãos do Eldorado ("Orphans of Eldorado"). São Paulo: Cia. das Letras, 2008.
• A Noite da Espera ("The Night of Waiting"). São Paulo, Cia das Letras, 2017.
Adaptações
• Fábio Moon and Gabriel Bá:
Two Brothers, Milwaukie: Dark Horse Comics, 2015;
uma comédia based em Dois Irmãos.[9]
• In 2017, Two Brothers (Dois Irmãos) debuted in a miniseries format on TV Globo, directed by Luiz Fernando Carvalho and actor Cauã Reymond in the role of one of the twin brothers
Pequenas Estórias
• A Cidade Ilhada
• Você tem medo do quê?
• Varandas da Eva
Cora Coralina foi uma poetisa e contista brasileira. Publicou seu primeiro livro quando tinha 75 anos e tornou-se uma das vozes femininas mais relevantes da literatura nacional.
Ana Lins dos Guimarães Peixoto conhecida como Cora Coralina, nasceu na cidade de Goiás, no Estado de Goiás, no dia 20 de agosto de 1889. Filha de Francisco de Paula Lins dos Guimarães Peixoto, desembargador, nomeado por Dom Pedro II, e de Jacinta Luísa do Couto Brandão. Cursou apenas até a terceira série do curso primário. Em 1934, depois da morte do marido, Cora Coralina tornou-se doceira para sustentar os quatro filhos. Viveu por muito tempo de sua produção de doces. Embora continuasse escrevendo, produzindo poemas ligados à sua história e aos ambientes em que fora criada, se dizia mais doceira do que escritora. Considerava os doces cristalizados de caju, abóbora, figo e laranja, que encantavam os vizinhos e amigos, obras melhores do que os poemas escritos em folhas de caderno.
Já em São Paulo, em 1934, trabalhou como vendedora de livros. Em 1936, muda-se para Andradina, onde começa a escrever para o jornal da cidade. Em 1951 candidata-se a vereadora. Passados cinco anos, resolve voltar para sua cidade natal. Em 1959, com 70 anos, decidiu aprender datilografia para preparar suas poesias e entregá-las aos editores.
Seu primeiro livro publicado em 1965, com 75 anos. Coralina conseguiu realizar o seu sonho de publicar o primeiro livro "O Poema dos Becos de Goiás e Estórias Mais".
Em 1970, toma posse da cadeira nº. 5 da Academia Feminina de Letras e Artes de Goiás. Em 1976, lança seu segundo livro "Meu Livro de Cordel". O interesse do grande público só foi despertado graças aos elogios do poeta Carlos Drummond de Andrade, em 1980.
Obras de Cora Coralina
• Poemas dos Becos de Goiás e Estórias Mais, poesia, 1965
• Meu Livro de Cordel, poesia, 1976
• Vintém de Cobre: Meias Confissões de Aninha, poesia, 1983
• Estórias da Casa Velha da Ponte, contos, 1985
• Os Meninos Verdes, infantil, 1980
• Tesouro da Casa Velha, poesia, 1996 (obra póstuma)
• A Moeda de Ouro Que um Pato Engoliu, infantil, 1999 (obra póstuma)
• Vila Boa de Goiás, poesia, 2001 (obra póstuma)
• O Pato Azul-Pombinho, infantil, 2001 (obra póstuma)
Luiz Nicolau Fagundes Varela, foi um poeta brasileiro. Sua poesia apresenta características da segunda e da terceira geração de poetas românticos do Brasil. Além de apresentar temas sobre a natureza, a angústia, a solidão, a melancolia e o desengano, apresenta também temas sociais e políticos.
É patrono da cadeira n.º 11 da Academia Brasileira de Letras.
Fagundes Varela (Luís Nicolau Fagundes Varela) nasceu na Fazenda Santa Clara, em Rio Claro, no Rio de Janeiro, no dia 17 de agosto de 1841. Filho do Magistrado e fazendeiro Emiliano Fagundes Varela e de Emília de Andrade passou a infância junto à natureza.
Em 1860, muda-se para São Paulo, ingressa na Faculdade de Direito no Largo São Francisco e participa da vida boêmia da cidade.
Mudou-se para Paris aos 20 anos e voltou aos 27. Casou-se novamente com uma prima - Maria Belisária de Brito Lambert, sendo novamente pai de duas meninas e um menino, também falecido prematuramente.
Embriagando-se e escrevendo, faleceu ainda jovem, vivendo à custa do pai, passando boa parte do tempo no campo, seu ambiente predileto.
Fagundes Varela morreu com 33 anos de idade.
Obras de Fagundes Varella
•Noturnos (1861)
• Cântico do Calvário (poema 1863)
• O Estandarte Auriverde (1863)
• Vozes da América (1864)
• Cantos e Fantasias (1865)
• Cantos Meridionais (1869)
• Cantos do Ermo e da Cidade (1869)
• Anchieta ou Evangelho na Selva (1875)
• Cantos Religiosos (1878)
• Diário de Lázaro (1880).