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1 QUARTA LITERARIA 3 LITERARY WEDNESDAY A Biblioteca Brasileira de Nova York Sob os auspícios da Brazilian Endowment for the Arts
Prof. Liza Renia Papi Professor in the Fine Arts department at St. John's University Liza Renia Papi holds a master's of fine arts in visual art from City University of New York and is currently studying aesthetics and philosophy at the Institute for Doctoral Studies in the Visual Arts. A working artist who focuses on installation and mixed-media painting, she is currently involved in the traveling exhibition Artists in the Archive: The Alternet, curated by Carla Rae Johnson. She has taught for El Museo del Barrio, the Queens Museum of Art, and the Solomon Guggenheim Museum. She works for the Brazilian Endowment for the Arts. Professor Papi is an adjunct associate professor at St. John's University in New York, where she teaches art appreciation and art history.
 WEDNESDAY, AUGUST 30th 2023  Nesta Quarta Literária estamos apresentando Golçalves Dias, Cora Carolina, Jorge Amado, Fagundes Varella, e Milton Hatoum. Assim como Fagundes Varella, e José de Alencar, o escritor Golçalves Dias, é um dos bandeirantes da Corrente Indianista durante o Romantismo no Brasil. Dias destacou-se com o romance A Canção do Exílio, 1843. Muitos outros escritores e escritoras brasileiras fazem aniversário este mês – no entanto, só estamos focalizando em cinco escritores. Contamos com sua colaboração, esperando sua visita para celebrar a cultura brasileira dando valor à todas a raças. Como Jorge Amado fala em seu vídeo anéxo: “Para acabar com o racismo só a miscigenação.”

ANTONIO GONÇALVES DIAS

1823 - 1864

CORA CORALINA

1889 - 1985

JORGE AMADO

1912 - 2001

FAGUNDES VARELLA

1841 -1875

MILTON HATOUM

1952 - PRESENT

﷯Gonçalves Dias foi um poeta, professor, jornalista e teatrólogo brasileiro. É lembrado como o grande poeta indianista da Primeira Geração Romântica. Deu romantismo ao tema índio e uma feição nacional à sua literatura. É um dos melhores poetas líricos da literatura brasileira. É Patrono da cadeira nº. 15 da Academia Brasileira de Letras. Primeira geração dos Poetas Românticos. A Independência política, em 1822, despertou a consciência de se criar uma cultura brasileira identificada com as raízes históricas, linguísticas e culturais. Gonçalves Dias é o mais célebre poeta indianista. Exaltou a coragem e a valentia do índio, que passa a ser o personagem principal, o herói. Dias está entre os principais poemas indianistas destacam-se: “Marabá”, “O Canto do Piaga”, “Leito de Folhas Verdes” e principalmente, “I-Juca Pirama” – considerado o mais perfeito poema épico indianista da literatura brasileira. Antônio Gonçalves Dias nasceu em Caxias, Maranhão, no dia 10 de agosto de 1823. Filho de um comerciante português e uma mestiça viveu em um meio social conturbado. Durante os anos da infância, ajudou seu pai no comércio, ao mesmo tempo, que recebeu educação de um professor particular. Em 1838, viajou para Coimbra e ingressou no Colégio das Artes, onde concluiu o curso secundário. Em 1840 matriculou-se na Universidade de Direito de Coimbra, onde teve contato com escritores do romantismo português, entre eles, Almeida Garrett, Alexandre Herculano e Feliciano de Castilho. Durante sua permanência em Coimbra, escreveu a maior parte de suas obras, inclusive a famosa “Canção do Exílio” (1843), onde expressa o sentimento da solidão e do exílio. Em 1845, depois de formado em Direito, Gonçalves Dias retornou para o Maranhão, indo no ano seguinte morar no Rio de Janeiro. Em 1847, com a publicação de “Primeiros Cantos”, conseguiu sucesso e o reconhecimento do público. Recebeu elogios de Alexandre Herculano, poeta romântico português. Ao apresentar o livro, Gonçalves Dias confessa: "Dei o nome Primeiros Cantos às poesias que agora publico, porque espero que não sejam as últimas". Em 1848 publica o livro "Segundos Cantos". Gonçalves Dias foi nomeado professor de Latim e História do Brasil no Colégio Pedro II em 1849. Durante esse período escreveu para várias publicações, entre elas, o Jornal do Comércio, a Gazeta Mercantil e para o Correio da Tarde. Nessa época funda a Revista Literária Guanabara. Gonçalves Dias publica o livro, “Últimos Cantos" em 1851. Regressa ao Maranhão e conhece Ana Amélia Ferreira do Vale, por quem se apaixona, mas por ser mestiço não tem o consentimento da família dela que proíbe o casamento. Mais tarde casa-se com Olímpia da Costa. Em 1862, Dias vai à Europa para tratamento de saúde. Sem resultados embarca de volta no dia 10 de setembro de 1864, porém o navio francês Ville de Boulogne em que estava, naufraga perto do Farol de Itacolomi, na costa do Maranhão, onde o poeta falece na costa do Maranhão, no dia 3 de novembro de 1864. Como poeta da Natureza, Gonçalves Dias canta as florestas e a imensa luz do sol. Seus poemas sobre os elementos naturais. Sua nostalgia o remete à infância, Na Europa sente-se exilado e é levado até sua terra natal através da "Canção do Exílio," um clássico de nossa literatura: Canção do Exílio, 1843 Minha terra tem palmeiras, Onde Canta o Sabiá; As aves, que aqui gorjeiam, Não gorjeiam como lá. Nosso céu tem mais estrelas, Nossas várzeas têm mais flores, Nossos bosques têm mais vida, Nossa vida mais amores. Em cismar, sozinho, à noite, Mais prazer encontro eu lá; Minha terra tem palmeiras, Onde canta o Sabiá. Minha terra tem primores, Que tais não encontro eu cá; Em cismar - sozinho, à noite Mais prazer encontro eu lá; Minha terra tem palmeiras, Onde canta o Sabiá. Não permita Deus que eu morra, Sem que eu volte para lá; Sem que desfrute os primores Que não encontro por cá; Sem qu'inda aviste as palmeiras, Onde canta o Sabiá. Obras de Gonçalves Dias
 • Beatriz Cenci, teatro, 1843 • Canção do Exílio, 1843 • Patkull, teatro, 1843 • Meditação, 1845 • O Canto do Piaga, 1846 • Primeiros Cantos, 1847 • Leonor de Mendonça, 1847 • Segundos Cantos, 1848 • Sextilhas do Frei Antão, 1848 • Últimos Cantos, 1851 • I - Juca Pirama, 1851 • Cantos, 1857 • Os Timbiras,1857 (inacabado) • Dicionário da Língua Tupi, 1858 • Liria Varia, 1869, obra póstuma) • Canção do Tamoio • Leito de Folhas Verdes • Marabá • Se se Morrer de Amor • Ainda Uma Vez • Seus Olhos • Canto de Morte • Meu Anjo, Escuta • Olhos Verdes • O Canto do Guerreiro • O Canto do Índio • Se Te Amo, Não Sei

Cora Coralina foi uma poetisa e contista brasileira. Publicou seu primeiro livro quando tinha 75 anos e tornou-se uma das vozes femininas mais relevantes da literatura nacional.

Ana Lins dos Guimarães Peixoto conhecida como Cora Coralina, nasceu na cidade de Goiás, no Estado de Goiás, no dia 20 de agosto de 1889. Filha de Francisco de Paula Lins dos Guimarães Peixoto, desembargador, nomeado por Dom Pedro II, e de Jacinta Luísa do Couto Brandão. Cursou apenas até a terceira série do curso primário. Em 1934, depois da morte do marido, Cora Coralina tornou-se doceira para sustentar os quatro filhos. Viveu por muito tempo de sua produção de doces. Embora continuasse escrevendo, produzindo poemas ligados à sua história e aos ambientes em que fora criada, se dizia mais doceira do que escritora. Considerava os doces cristalizados de caju, abóbora, figo e laranja, que encantavam os vizinhos e amigos, obras melhores do que os poemas escritos em folhas de caderno.

Já em São Paulo, em 1934, trabalhou como vendedora de livros. Em 1936, muda-se para Andradina, onde começa a escrever para o jornal da cidade. Em 1951 candidata-se a vereadora. Passados cinco anos, resolve voltar para sua cidade natal. Em 1959, com 70 anos, decidiu aprender datilografia para preparar suas poesias e entregá-las aos editores.

Seu primeiro livro publicado em 1965, com 75 anos. Coralina conseguiu realizar o seu sonho de publicar o primeiro livro "O Poema dos Becos de Goiás e Estórias Mais".

Em 1970, toma posse da cadeira nº. 5 da Academia Feminina de Letras e Artes de Goiás. Em 1976, lança seu segundo livro "Meu Livro de Cordel". O interesse do grande público só foi despertado graças aos elogios do poeta Carlos Drummond de Andrade, em 1980.

 

 

Obras de Cora Coralina

• Poemas dos Becos de Goiás e Estórias Mais, poesia, 1965

• Meu Livro de Cordel, poesia, 1976

• Vintém de Cobre: Meias Confissões de Aninha, poesia, 1983

• Estórias da Casa Velha da Ponte, contos, 1985

• Os Meninos Verdes, infantil, 1980

• Tesouro da Casa Velha, poesia, 1996 (obra póstuma)

• A Moeda de Ouro Que um Pato Engoliu, infantil, 1999 (obra póstuma)

• Vila Boa de Goiás, poesia, 2001 (obra póstuma)

• O Pato Azul-Pombinho, infantil, 2001 (obra póstuma)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Jorge Amado foi um escritor brasileiro, um dos maiores representantes da ficção regionalista que marcou o Segundo Tempo Modernista. Sua obra é baseada na exposição e análise realista dos cenários rurais e urbanos da Bahia.

 

Jorge Amado de Farias nasceu na Fazenda Auricídia, em Ferradas, município de Itabuna, Bahia, no dia 10 de agosto de 1912. Filho de João Amado de Faria e Eulália Leal Amado, fazendeiros de cacau.

Dirigiu dois jornais, “A Pátria” o jornal oficial, e “A Folha”, fundado por ele, que contestava A Pátria. Com 14 anos estreou na revista “A Luva”, com um poema de feições modernistas.

Em 1961, Jorge Amado candidata-se à Academia Brasileira de Letras. É eleito por unanimidade, onde ocupou a cadeira n.º 23. Nesse mesmo ano, publica Os Velhos Marinheiros.

Jorge Amado mudou-se para o Rio de Janeiro em 1930 e em 1931 ingressou na Faculdade de Direito.  Em seguida publicou seu primeiro romance O País do Carnaval, que narra a tentativa frustrada de um intelectual brasileiro, de formação europeia, de participar da vida política e cultural brasileira. Tendo fracassado regressa à Europa. Em 1933 lança seu segundo livro Cacau, que teve vários exemplares apreendidos.  Jorge foi preso, por pertencer à Aliança Libertadora Nacional, em 1936, junto com outros intelectuais, entre os quais Graciliano Ramos.

Publica Capitães de Areia, 1937, que retrata a vida de menores delinquentes da Bahia. A obra é apreendida pela censura do Estado Novo, e ele é novamente preso. Em 1941 refugia-se na Argentina e começa a redigir O Cavaleiro da Esperança, que relata a vida de Luiz Carlos Prestes.

Jorge Amado iniciou sua carreira de escritor com obras de cunho regionalista, que caracterizou o “Segundo Tempo Modernista” (1930-1945), que retrata a vida urbana de Salvador.  Sua obra apresenta forte preocupação político-social, que denuncia, em um tom seco, lírico e participante, a miséria e a opressão do trabalhador rural e das classes populares, como é o caso de País do Carnaval e Capitães de Areia.  Com o amadurecimento, sua força poética volta-se para as fazendas de cacau de Ilhéus e Itabuna, para a seca, a exploração do trabalhador urbano e rural e para o coronelismo latifundiário, como Cacau, Terras do Sem-fim e São Jorge dos Ilhéus.

De volta ao Brasil, em 1945, e ligado ao Partido Comunista, Jorge Amado foi eleito deputado federal por São Paulo. Em 1948 tem seu mandato cassado e vai residir em Paris.  Muda-se para a Tchecoslováquia,1950, onde escreve O Mundo da Paz. Em 1951 recebe, em Moscou, pelo conjunto de sua obra, o Prêmio Internacional Stalin.

Em 1956 retorna ao Brasil. Em 1958 escreve o livro mais famoso de sua obra: Gabriela, Cravo e Canela.  Era o início da segunda fase de sua obra, caracterizada pelo tratamento satírico e humorístico dos textos, sem prejuízo das intenções da crítica social. Volta a residir na Bahia em 1960. Em 1969 publica Tenda dos Milagres e, em 1972 publica Tereza Batista Cansada de Guerra. Em 1976, a obra recebe o Prêmio Lila. Em 1977 publica Tieta do Agreste.

Jorge Amado também fez parte da Academia de Ciências e Letras da República Democrática da Alemanha; da Academia das Ciências de Lisboa; da Academia Paulista de Letras; e membro especial da Academia de Letras da Bahia.  Amado foi casado com a escritora Zélia Gattai (1916-2008), que aos 63 anos começou a escrever suas memórias, Anarquistas, Graças a Deus.

 

Obras de Jorge Amado

• O País do Carnaval, 1931

• Cacau, 1933

• Suor, 1934

• Jubiabá, 1935

• Mar Morto, 1936

• Capitães de Areia, 1937

• A Estrela do Mar, poesia, 1938

• Terras do Sem-Fim, 1943

• O Amor do Soldado, 1944

• São Jorge dos Ilhéus, 1944

• Bahia de Todos os Santos, 1944

• Seara Vermelha, 1945

• O Mundo da Paz, 1951

• Os Subterrâneos da Liberdade, 1954

• Gabriela Cravo e Canela, 1958

• Os Velhos Marinheiros, 1961

• Os Pastores da Noite, 1964

• Dona Flor e Seus Dois Maridos, 1966

• Tenda dos Milagres, 1969

• Teresa Batista Cansada de Guerra, 1972

• Tieta do Agreste, 1977

• Farda Fardão Camisola de Dormir, 1979

• O Menino Grapiúna, 1981

• Tocaia Grande, 1984

• O Sumiço da Santa: Uma História de Feitiçaria, 1988

• Navegação de Cabotagem, 1992

• A Descoberta da América pelos Turcos, 1994

• O Milagre dos Pássaros, 1997

 

 

 

 

 

Luiz Nicolau Fagundes Varela, foi um poeta brasileiro. Sua poesia apresenta características da segunda e da terceira geração de poetas românticos do Brasil. Além de apresentar temas sobre a natureza, a angústia, a solidão, a melancolia e o desengano, apresenta também temas sociais e políticos.

 

É patrono da cadeira n.º 11 da Academia Brasileira de Letras.

Fagundes Varela (Luís Nicolau Fagundes Varela) nasceu na Fazenda Santa Clara, em Rio Claro, no Rio de Janeiro, no dia 17 de agosto de 1841. Filho do Magistrado e fazendeiro Emiliano Fagundes Varela e de Emília de Andrade passou a infância junto à natureza.

Em 1860, muda-se para São Paulo, ingressa na Faculdade de Direito no Largo São Francisco e participa da vida boêmia da cidade.

Mudou-se para Paris aos 20 anos e voltou aos 27. Casou-se novamente com uma prima - Maria Belisária de Brito Lambert, sendo novamente pai de duas meninas e um menino, também falecido prematuramente.

Embriagando-se e escrevendo, faleceu ainda jovem, vivendo à custa do pai, passando boa parte do tempo no campo, seu ambiente predileto.

Fagundes Varela morreu com 33 anos de idade.

 

 

Obras de Fagundes Varella

 

•Noturnos (1861)

• Cântico do Calvário (poema 1863)

• O Estandarte Auriverde (1863)

• Vozes da América (1864)

• Cantos e Fantasias (1865)

• Cantos Meridionais (1869)

• Cantos do Ermo e da Cidade (1869)

• Anchieta ou Evangelho na Selva (1875)

• Cantos Religiosos (1878)

• Diário de Lázaro (1880).

 

 

 

 

 

 

 

Milton Hatoum nasceu em 1952, em Manaus (Amazonas), onde passou a infância e uma parte da juventude. Em 1967 mudou-se para Brasília, onde estudou no Colégio de Aplicação da UnB. Morou durante a década de 1970 em São Paulo, onde se diplomou em arquitetura na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP, trabalhou como jornalista cultural e foi professor universitário de História da Arquitetura. Em 1980 viajou como bolsista para a Espanha, onde morou em Madri e Barcelona. Depois passou três anos em Paris, onde estudou literatura comparada na Sorbonne (Paris III).  Autor de quatro romances premiados, sua obra foi traduzida em doze línguas e publicada em catorze países.

Foi professor de literatura francesa da Universidade Federal do Amazonas (1984-1999) e professor visitante da Universidade da California (Berkeley/1996).  Foi também escritor residente na Yale University (New Haven/EUA), Stanford University e na Universidade da California (Berkeley). Bolsista da Fundação VITAE, da Maison des Ecrivains Etrangers (Saint Nazaire,França) e do International Writing Program (Iowa/EUA).

Em 1989, seu primeiro romance Relato de um certo Oriente, publicado pela editora Companhia das Letras, ganhou o prêmio Jabuti de melhor romance. Em 2000 publicou o romance Dois irmãos(prêmio Jabuti – 3º lugar na categoria romance/ indicado para o prêmio IMPAC-DUBLIN), eleito o melhor romance brasileiro no período 1990-2005 em pesquisa feita pelos jornais Correio Braziliense e O Estado de Minas. Em 2001, foi um dos finalistas do Prêmio Multicultural do Estadão, por conta da publicação do em Dois Irmãos. Em 2005, seu terceiro romance, Cinzas do Norte, obteve o Prêmio Portugal Telecom, Grande Prêmio da Crítica/APCA-2005, Prêmio Jabuti/2006 de Melhor romance, Prêmio Livro do Ano da CBL, Prêmio BRAVO! de literatura. Em 2008, recebeu do Ministério da Cultura a Ordem do mérito cultural. Em 2010, a tradução inglesa de Cinzas do Norte (Ashes of the Amazon, Bloomsbury,2008) foi indicada para o prêmio IMPAC-DUBLIN.

 

Em 2008 publicou seu quarto romance, Órfãos do Eldorado, Prêmio Jabuti – 2º lugar na categoria romance. Órfãos do Eldorado faz parte da coleção Myths, da editora escocesa Canongate.  Em 2009 publicou o livro de contos  A cidade ilhada. Em 2013, publicou o livro Um solitário à espreita, uma seleção de crônicas publicadas em jornais e revistas. Todos os seus livros foram publicados no Brasil pela editora Companhia das Letras, cujas vendas ultrapassam trezentos mil exemplares.

 

Sua obra já foi traduzida em 12 línguas e publicada em 14 países. As informações podem ser pesquisadas no próprio site.

 

Prêmio - 2009 São Paulo Prize for Literature — O Melhor Livro do Ano, Órfãos do Eldorado

 

Novelas

 

• Relato de um Certo Oriente ("Tale of a Certain Orient"). São Paulo: Cia. das Letras, 1990.

• Dois Irmãos ("The Brothers"). São Paulo: Cia. das Letras, 2000.

• Cinzas do Norte ("Ashes of the Amazon"), 2005.

• Orfãos do Eldorado ("Orphans of Eldorado"). São Paulo: Cia. das Letras, 2008.

• A Noite da Espera ("The Night of Waiting"). São Paulo, Cia das Letras, 2017.

 

Adaptações

• Fábio Moon and Gabriel Bá:

Two Brothers, Milwaukie: Dark Horse Comics, 2015;

uma comédia based em Dois Irmãos.[9]

 

• In 2017, Two Brothers (Dois Irmãos) debuted in a miniseries format on TV Globo, directed by Luiz Fernando Carvalho and actor Cauã Reymond in the role of one of the twin brothers

 

Pequenas Estórias

 

• A Cidade Ilhada

• Você tem medo do quê?

• Varandas da Eva

 

 

 

 

 

 

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ANTONIO

GONÇALVES DIAS
1823 - 1864

CORA

CORALINA

1889 - 1985

JORGE

AMADO

1912 - 2001

FAGUNDES

 VARELLA

1841 -1875

MILTON

 HATOUM

1952 - PRESENT

﷯Gonçalves Dias foi um poeta, professor, jornalista e teatrólogo brasileiro. É lembrado como o grande poeta indianista da Primeira Geração Romântica. Deu romantismo ao tema índio e uma feição nacional à sua literatura. É um dos melhores poetas líricos da literatura brasileira. É Patrono da cadeira nº. 15 da Academia Brasileira de Letras. Primeira geração dos Poetas Românticos. A Independência política, em 1822, despertou a consciência de se criar uma cultura brasileira identificada com as raízes históricas, linguísticas e culturais. Gonçalves Dias é o mais célebre poeta indianista. Exaltou a coragem e a valentia do índio, que passa a ser o personagem principal, o herói. Dias está entre os principais poemas indianistas destacam-se: “Marabá”, “O Canto do Piaga”, “Leito de Folhas Verdes” e principalmente, “I-Juca Pirama” – considerado o mais perfeito poema épico indianista da literatura brasileira. Antônio Gonçalves Dias nasceu em Caxias, Maranhão, no dia 10 de agosto de 1823. Filho de um comerciante português e uma mestiça viveu em um meio social conturbado. Durante os anos da infância, ajudou seu pai no comércio, ao mesmo tempo, que recebeu educação de um professor particular. Em 1838, viajou para Coimbra e ingressou no Colégio das Artes, onde concluiu o curso secundário. Em 1840 matriculou-se na Universidade de Direito de Coimbra, onde teve contato com escritores do romantismo português, entre eles, Almeida Garrett, Alexandre Herculano e Feliciano de Castilho. Durante sua permanência em Coimbra, escreveu a maior parte de suas obras, inclusive a famosa “Canção do Exílio” (1843), onde expressa o sentimento da solidão e do exílio. Em 1845, depois de formado em Direito, Gonçalves Dias retornou para o Maranhão, indo no ano seguinte morar no Rio de Janeiro. Em 1847, com a publicação de “Primeiros Cantos”, conseguiu sucesso e o reconhecimento do público. Recebeu elogios de Alexandre Herculano, poeta romântico português. Ao apresentar o livro, Gonçalves Dias confessa: "Dei o nome Primeiros Cantos às poesias que agora publico, porque espero que não sejam as últimas". Em 1848 publica o livro "Segundos Cantos". Gonçalves Dias foi nomeado professor de Latim e História do Brasil no Colégio Pedro II em 1849. Durante esse período escreveu para várias publicações, entre elas, o Jornal do Comércio, a Gazeta Mercantil e para o Correio da Tarde. Nessa época funda a Revista Literária Guanabara. Gonçalves Dias publica o livro, “Últimos Cantos" em 1851. Regressa ao Maranhão e conhece Ana Amélia Ferreira do Vale, por quem se apaixona, mas por ser mestiço não tem o consentimento da família dela que proíbe o casamento. Mais tarde casa-se com Olímpia da Costa. Em 1862, Dias vai à Europa para tratamento de saúde. Sem resultados embarca de volta no dia 10 de setembro de 1864, porém o navio francês Ville de Boulogne em que estava, naufraga perto do Farol de Itacolomi, na costa do Maranhão, onde o poeta falece na costa do Maranhão, no dia 3 de novembro de 1864. Como poeta da Natureza, Gonçalves Dias canta as florestas e a imensa luz do sol. Seus poemas sobre os elementos naturais. Sua nostalgia o remete à infância, Na Europa sente-se exilado e é levado até sua terra natal através da "Canção do Exílio," um clássico de nossa literatura: Canção do Exílio, 1843 Minha terra tem palmeiras, Onde Canta o Sabiá; As aves, que aqui gorjeiam, Não gorjeiam como lá. Nosso céu tem mais estrelas, Nossas várzeas têm mais flores, Nossos bosques têm mais vida, Nossa vida mais amores. Em cismar, sozinho, à noite, Mais prazer encontro eu lá; Minha terra tem palmeiras, Onde canta o Sabiá. Minha terra tem primores, Que tais não encontro eu cá; Em cismar - sozinho, à noite Mais prazer encontro eu lá; Minha terra tem palmeiras, Onde canta o Sabiá. Não permita Deus que eu morra, Sem que eu volte para lá; Sem que desfrute os primores Que não encontro por cá; Sem qu'inda aviste as palmeiras, Onde canta o Sabiá. Obras de Gonçalves Dias
 • Beatriz Cenci, teatro, 1843 • Canção do Exílio, 1843 • Patkull, teatro, 1843 • Meditação, 1845 • O Canto do Piaga, 1846 • Primeiros Cantos, 1847 • Leonor de Mendonça, 1847 • Segundos Cantos, 1848 • Sextilhas do Frei Antão, 1848 • Últimos Cantos, 1851 • I - Juca Pirama, 1851 • Cantos, 1857 • Os Timbiras,1857 (inacabado) • Dicionário da Língua Tupi, 1858 • Liria Varia, 1869, obra póstuma) • Canção do Tamoio • Leito de Folhas Verdes • Marabá • Se se Morrer de Amor • Ainda Uma Vez • Seus Olhos • Canto de Morte • Meu Anjo, Escuta • Olhos Verdes • O Canto do Guerreiro • O Canto do Índio • Se Te Amo, Não Sei

Cora Coralina foi uma poetisa e contista brasileira. Publicou seu primeiro livro quando tinha 75 anos e tornou-se uma das vozes femininas mais relevantes da literatura nacional.

Ana Lins dos Guimarães Peixoto conhecida como Cora Coralina, nasceu na cidade de Goiás, no Estado de Goiás, no dia 20 de agosto de 1889. Filha de Francisco de Paula Lins dos Guimarães Peixoto, desembargador, nomeado por Dom Pedro II, e de Jacinta Luísa do Couto Brandão. Cursou apenas até a terceira série do curso primário. Em 1934, depois da morte do marido, Cora Coralina tornou-se doceira para sustentar os quatro filhos. Viveu por muito tempo de sua produção de doces. Embora continuasse escrevendo, produzindo poemas ligados à sua história e aos ambientes em que fora criada, se dizia mais doceira do que escritora. Considerava os doces cristalizados de caju, abóbora, figo e laranja, que encantavam os vizinhos e amigos, obras melhores do que os poemas escritos em folhas de caderno.

Já em São Paulo, em 1934, trabalhou como vendedora de livros. Em 1936, muda-se para Andradina, onde começa a escrever para o jornal da cidade. Em 1951 candidata-se a vereadora. Passados cinco anos, resolve voltar para sua cidade natal. Em 1959, com 70 anos, decidiu aprender datilografia para preparar suas poesias e entregá-las aos editores.

Seu primeiro livro publicado em 1965, com 75 anos. Coralina conseguiu realizar o seu sonho de publicar o primeiro livro "O Poema dos Becos de Goiás e Estórias Mais".

Em 1970, toma posse da cadeira nº. 5 da Academia Feminina de Letras e Artes de Goiás. Em 1976, lança seu segundo livro "Meu Livro de Cordel". O interesse do grande público só foi despertado graças aos elogios do poeta Carlos Drummond de Andrade, em 1980.

 

 

Obras de Cora Coralina

• Poemas dos Becos de Goiás e Estórias Mais, poesia, 1965

• Meu Livro de Cordel, poesia, 1976

• Vintém de Cobre: Meias Confissões de Aninha, poesia, 1983

• Estórias da Casa Velha da Ponte, contos, 1985

• Os Meninos Verdes, infantil, 1980

• Tesouro da Casa Velha, poesia, 1996 (obra póstuma)

• A Moeda de Ouro Que um Pato Engoliu, infantil, 1999 (obra póstuma)

• Vila Boa de Goiás, poesia, 2001 (obra póstuma)

• O Pato Azul-Pombinho, infantil, 2001 (obra póstuma)

 

 

 

 

 

 

 

 

Jorge Amado foi um escritor brasileiro, um dos maiores representantes da ficção regionalista que marcou o Segundo Tempo Modernista. Sua obra é baseada na exposição e análise realista dos cenários rurais e urbanos da Bahia.

 

Jorge Amado de Farias nasceu na Fazenda Auricídia, em Ferradas, município de Itabuna, Bahia, no dia 10 de agosto de 1912. Filho de João Amado de Faria e Eulália Leal Amado, fazendeiros de cacau.

Dirigiu dois jornais, “A Pátria” o jornal oficial, e “A Folha”, fundado por ele, que contestava A Pátria. Com 14 anos estreou na revista “A Luva”, com um poema de feições modernistas.

Em 1961, Jorge Amado candidata-se à Academia Brasileira de Letras. É eleito por unanimidade, onde ocupou a cadeira n.º 23. Nesse mesmo ano, publica Os Velhos Marinheiros.

Jorge Amado mudou-se para o Rio de Janeiro em 1930 e em 1931 ingressou na Faculdade de Direito.  Em seguida publicou seu primeiro romance O País do Carnaval, que narra a tentativa frustrada de um intelectual brasileiro, de formação europeia, de participar da vida política e cultural brasileira. Tendo fracassado regressa à Europa. Em 1933 lança seu segundo livro Cacau, que teve vários exemplares apreendidos.  Jorge foi preso, por pertencer à Aliança Libertadora Nacional, em 1936, junto com outros intelectuais, entre os quais Graciliano Ramos.

Publica Capitães de Areia, 1937, que retrata a vida de menores delinquentes da Bahia. A obra é apreendida pela censura do Estado Novo, e ele é novamente preso. Em 1941 refugia-se na Argentina e começa a redigir O Cavaleiro da Esperança, que relata a vida de Luiz Carlos Prestes.

Jorge Amado iniciou sua carreira de escritor com obras de cunho regionalista, que caracterizou o “Segundo Tempo Modernista” (1930-1945), que retrata a vida urbana de Salvador.  Sua obra apresenta forte preocupação político-social, que denuncia, em um tom seco, lírico e participante, a miséria e a opressão do trabalhador rural e das classes populares, como é o caso de País do Carnaval e Capitães de Areia.  Com o amadurecimento, sua força poética volta-se para as fazendas de cacau de Ilhéus e Itabuna, para a seca, a exploração do trabalhador urbano e rural e para o coronelismo latifundiário, como Cacau, Terras do Sem-fim e São Jorge dos Ilhéus.

De volta ao Brasil, em 1945, e ligado ao Partido Comunista, Jorge Amado foi eleito deputado federal por São Paulo. Em 1948 tem seu mandato cassado e vai residir em Paris.  Muda-se para a Tchecoslováquia,1950, onde escreve O Mundo da Paz. Em 1951 recebe, em Moscou, pelo conjunto de sua obra, o Prêmio Internacional Stalin.

Em 1956 retorna ao Brasil. Em 1958 escreve o livro mais famoso de sua obra: Gabriela, Cravo e Canela.  Era o início da segunda fase de sua obra, caracterizada pelo tratamento satírico e humorístico dos textos, sem prejuízo das intenções da crítica social. Volta a residir na Bahia em 1960. Em 1969 publica Tenda dos Milagres e, em 1972 publica Tereza Batista Cansada de Guerra. Em 1976, a obra recebe o Prêmio Lila. Em 1977 publica Tieta do Agreste.

Jorge Amado também fez parte da Academia de Ciências e Letras da República Democrática da Alemanha; da Academia das Ciências de Lisboa; da Academia Paulista de Letras; e membro especial da Academia de Letras da Bahia.  Amado foi casado com a escritora Zélia Gattai (1916-2008), que aos 63 anos começou a escrever suas memórias, Anarquistas, Graças a Deus.

 

Obras de Jorge Amado

• O País do Carnaval, 1931

• Cacau, 1933

• Suor, 1934

• Jubiabá, 1935

• Mar Morto, 1936

• Capitães de Areia, 1937

• A Estrela do Mar, poesia, 1938

• Terras do Sem-Fim, 1943

• O Amor do Soldado, 1944

• São Jorge dos Ilhéus, 1944

• Bahia de Todos os Santos, 1944

• Seara Vermelha, 1945

• O Mundo da Paz, 1951

• Os Subterrâneos da Liberdade, 1954

• Gabriela Cravo e Canela, 1958

• Os Velhos Marinheiros, 1961

• Os Pastores da Noite, 1964

• Dona Flor e Seus Dois Maridos, 1966

• Tenda dos Milagres, 1969

• Teresa Batista Cansada de Guerra, 1972

• Tieta do Agreste, 1977

• Farda Fardão Camisola de Dormir, 1979

• O Menino Grapiúna, 1981

• Tocaia Grande, 1984

• O Sumiço da Santa: Uma História de Feitiçaria, 1988

• Navegação de Cabotagem, 1992

• A Descoberta da América pelos Turcos, 1994

• O Milagre dos Pássaros, 1997

 

 

 

 

 

Luiz Nicolau Fagundes Varela, foi um poeta brasileiro. Sua poesia apresenta características da segunda e da terceira geração de poetas românticos do Brasil. Além de apresentar temas sobre a natureza, a angústia, a solidão, a melancolia e o desengano, apresenta também temas sociais e políticos.

 

É patrono da cadeira n.º 11 da Academia Brasileira de Letras.

Fagundes Varela (Luís Nicolau Fagundes Varela) nasceu na Fazenda Santa Clara, em Rio Claro, no Rio de Janeiro, no dia 17 de agosto de 1841. Filho do Magistrado e fazendeiro Emiliano Fagundes Varela e de Emília de Andrade passou a infância junto à natureza.

Em 1860, muda-se para São Paulo, ingressa na Faculdade de Direito no Largo São Francisco e participa da vida boêmia da cidade.

Mudou-se para Paris aos 20 anos e voltou aos 27. Casou-se novamente com uma prima - Maria Belisária de Brito Lambert, sendo novamente pai de duas meninas e um menino, também falecido prematuramente.

Embriagando-se e escrevendo, faleceu ainda jovem, vivendo à custa do pai, passando boa parte do tempo no campo, seu ambiente predileto.

Fagundes Varela morreu com 33 anos de idade.

 

 

Obras de Fagundes Varella

 

•Noturnos (1861)

• Cântico do Calvário (poema 1863)

• O Estandarte Auriverde (1863)

• Vozes da América (1864)

• Cantos e Fantasias (1865)

• Cantos Meridionais (1869)

• Cantos do Ermo e da Cidade (1869)

• Anchieta ou Evangelho na Selva (1875)

• Cantos Religiosos (1878)

• Diário de Lázaro (1880).

 

 

 

 

 

 

 

Milton Hatoum nasceu em 1952, em Manaus (Amazonas), onde passou a infância e uma parte da juventude. Em 1967 mudou-se para Brasília, onde estudou no Colégio de Aplicação da UnB. Morou durante a década de 1970 em São Paulo, onde se diplomou em arquitetura na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP, trabalhou como jornalista cultural e foi professor universitário de História da Arquitetura. Em 1980 viajou como bolsista para a Espanha, onde morou em Madri e Barcelona. Depois passou três anos em Paris, onde estudou literatura comparada na Sorbonne (Paris III).  Autor de quatro romances premiados, sua obra foi traduzida em doze línguas e publicada em catorze países.

Foi professor de literatura francesa da Universidade Federal do Amazonas (1984-1999) e professor visitante da Universidade da California (Berkeley/1996).  Foi também escritor residente na Yale University (New Haven/EUA), Stanford University e na Universidade da California (Berkeley). Bolsista da Fundação VITAE, da Maison des Ecrivains Etrangers (Saint Nazaire,França) e do International Writing Program (Iowa/EUA).

Em 1989, seu primeiro romance Relato de um certo Oriente, publicado pela editora Companhia das Letras, ganhou o prêmio Jabuti de melhor romance. Em 2000 publicou o romance Dois irmãos(prêmio Jabuti – 3º lugar na categoria romance/ indicado para o prêmio IMPAC-DUBLIN), eleito o melhor romance brasileiro no período 1990-2005 em pesquisa feita pelos jornais Correio Braziliense e O Estado de Minas. Em 2001, foi um dos finalistas do Prêmio Multicultural do Estadão, por conta da publicação do em Dois Irmãos. Em 2005, seu terceiro romance, Cinzas do Norte, obteve o Prêmio Portugal Telecom, Grande Prêmio da Crítica/APCA-2005, Prêmio Jabuti/2006 de Melhor romance, Prêmio Livro do Ano da CBL, Prêmio BRAVO! de literatura. Em 2008, recebeu do Ministério da Cultura a Ordem do mérito cultural. Em 2010, a tradução inglesa de Cinzas do Norte (Ashes of the Amazon, Bloomsbury,2008) foi indicada para o prêmio IMPAC-DUBLIN.

 

Em 2008 publicou seu quarto romance, Órfãos do Eldorado, Prêmio Jabuti – 2º lugar na categoria romance. Órfãos do Eldorado faz parte da coleção Myths, da editora escocesa Canongate.  Em 2009 publicou o livro de contos  A cidade ilhada. Em 2013, publicou o livro Um solitário à espreita, uma seleção de crônicas publicadas em jornais e revistas. Todos os seus livros foram publicados no Brasil pela editora Companhia das Letras, cujas vendas ultrapassam trezentos mil exemplares.

 

Sua obra já foi traduzida em 12 línguas e publicada em 14 países. As informações podem ser pesquisadas no próprio site.

 

Prêmio - 2009 São Paulo Prize for Literature — O Melhor Livro do Ano, Órfãos do Eldorado

 

Novelas

 

• Relato de um Certo Oriente ("Tale of a Certain Orient"). São Paulo: Cia. das Letras, 1990.

• Dois Irmãos ("The Brothers"). São Paulo: Cia. das Letras, 2000.

• Cinzas do Norte ("Ashes of the Amazon"), 2005.

• Orfãos do Eldorado ("Orphans of Eldorado"). São Paulo: Cia. das Letras, 2008.

• A Noite da Espera ("The Night of Waiting"). São Paulo, Cia das Letras, 2017.

 

Adaptações

• Fábio Moon and Gabriel Bá:

Two Brothers, Milwaukie: Dark Horse Comics, 2015;

uma comédia based em Dois Irmãos.[9]

 

• In 2017, Two Brothers (Dois Irmãos) debuted in a miniseries format on TV Globo, directed by Luiz Fernando Carvalho and actor Cauã Reymond in the role of one of the twin brothers

 

Pequenas Estórias

 

• A Cidade Ilhada

• Você tem medo do quê?

• Varandas da Eva

 

 

 

 

 

 

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1 QUARTA LITERARIA 3 LITERARY WEDNESDAY A Biblioteca Brasileira de Nova York Sob os auspícios da Brazilian Endowment for the Arts ﷯Prof. Liza Renia Papi Professor in the Fine Arts department at St. John's University Liza Renia Papi holds a master's of fine arts in visual art from City University of New York and is currently studying aesthetics and philosophy at the Institute for Doctoral Studies in the Visual Arts. A working artist who focuses on installation and mixed-media painting, she is currently involved in the traveling exhibition Artists in the Archive: The Alternet, curated by Carla Rae Johnson. She has taught for El Museo del Barrio, the Queens Museum of Art, and the Solomon Guggenheim Museum. She works for the Brazilian Endowment for the Arts. Professor Papi is an adjunct associate professor at St. John's University in New York, where she teaches art appreciation and art history.  WEDNESDAY, AUGUST 30th 2023  Nesta Quarta Literária estamos apresentando Golçalves Dias, Cora Carolina, Jorge Amado, Fagundes Varella, e Milton Hatoum. Assim como Fagundes Varella, e José de Alencar, o escritor Golçalves Dias, é um dos bandeirantes da Corrente Indianista durante o Romantismo no Brasil. Dias destacou-se com o romance A Canção do Exílio, 1843. Muitos outros escritores e escritoras brasileiras fazem aniversário este mês – no entanto, só estamos focalizando em cinco escritores. Contamos com sua colaboração, esperando sua visita para celebrar a cultura brasileira dando valor à todas a raças. Como Jorge Amado fala em seu vídeo anéxo: “Para acabar com o racismo só a miscigenação.”
﷯Gonçalves Dias foi um poeta, professor, jornalista e teatrólogo brasileiro. É lembrado como o grande poeta indianista da Primeira Geração Romântica. Deu romantismo ao tema índio e uma feição nacional à sua literatura. É um dos melhores poetas líricos da literatura brasileira. É Patrono da cadeira nº. 15 da Academia Brasileira de Letras. Primeira geração dos Poetas Românticos. A Independência política, em 1822, despertou a consciência de se criar uma cultura brasileira identificada com as raízes históricas, linguísticas e culturais. Gonçalves Dias é o mais célebre poeta indianista. Exaltou a coragem e a valentia do índio, que passa a ser o personagem principal, o herói. Dias está entre os principais poemas indianistas destacam-se: “Marabá”, “O Canto do Piaga”, “Leito de Folhas Verdes” e principalmente, “I-Juca Pirama” – considerado o mais perfeito poema épico indianista da literatura brasileira. Antônio Gonçalves Dias nasceu em Caxias, Maranhão, no dia 10 de agosto de 1823. Filho de um comerciante português e uma mestiça viveu em um meio social conturbado. Durante os anos da infância, ajudou seu pai no comércio, ao mesmo tempo, que recebeu educação de um professor particular. Em 1838, viajou para Coimbra e ingressou no Colégio das Artes, onde concluiu o curso secundário. Em 1840 matriculou-se na Universidade de Direito de Coimbra, onde teve contato com escritores do romantismo português, entre eles, Almeida Garrett, Alexandre Herculano e Feliciano de Castilho. Durante sua permanência em Coimbra, escreveu a maior parte de suas obras, inclusive a famosa “Canção do Exílio” (1843), onde expressa o sentimento da solidão e do exílio. Em 1845, depois de formado em Direito, Gonçalves Dias retornou para o Maranhão, indo no ano seguinte morar no Rio de Janeiro. Em 1847, com a publicação de “Primeiros Cantos”, conseguiu sucesso e o reconhecimento do público. Recebeu elogios de Alexandre Herculano, poeta romântico português. Ao apresentar o livro, Gonçalves Dias confessa: "Dei o nome Primeiros Cantos às poesias que agora publico, porque espero que não sejam as últimas". Em 1848 publica o livro "Segundos Cantos". Gonçalves Dias foi nomeado professor de Latim e História do Brasil no Colégio Pedro II em 1849. Durante esse período escreveu para várias publicações, entre elas, o Jornal do Comércio, a Gazeta Mercantil e para o Correio da Tarde. Nessa época funda a Revista Literária Guanabara. Gonçalves Dias publica o livro, “Últimos Cantos" em 1851. Regressa ao Maranhão e conhece Ana Amélia Ferreira do Vale, por quem se apaixona, mas por ser mestiço não tem o consentimento da família dela que proíbe o casamento. Mais tarde casa-se com Olímpia da Costa. Em 1862, Dias vai à Europa para tratamento de saúde. Sem resultados embarca de volta no dia 10 de setembro de 1864, porém o navio francês Ville de Boulogne em que estava, naufraga perto do Farol de Itacolomi, na costa do Maranhão, onde o poeta falece na costa do Maranhão, no dia 3 de novembro de 1864. Como poeta da Natureza, Gonçalves Dias canta as florestas e a imensa luz do sol. Seus poemas sobre os elementos naturais. Sua nostalgia o remete à infância, Na Europa sente-se exilado e é levado até sua terra natal através da "Canção do Exílio," um clássico de nossa literatura: Canção do Exílio, 1843 Minha terra tem palmeiras, Onde Canta o Sabiá; As aves, que aqui gorjeiam, Não gorjeiam como lá. Nosso céu tem mais estrelas, Nossas várzeas têm mais flores, Nossos bosques têm mais vida, Nossa vida mais amores. Em cismar, sozinho, à noite, Mais prazer encontro eu lá; Minha terra tem palmeiras, Onde canta o Sabiá. Minha terra tem primores, Que tais não encontro eu cá; Em cismar - sozinho, à noite Mais prazer encontro eu lá; Minha terra tem palmeiras, Onde canta o Sabiá. Não permita Deus que eu morra, Sem que eu volte para lá; Sem que desfrute os primores Que não encontro por cá; Sem qu'inda aviste as palmeiras, Onde canta o Sabiá. Obras de Gonçalves Dias
 • Beatriz Cenci, teatro, 1843 • Canção do Exílio, 1843 • Patkull, teatro, 1843 • Meditação, 1845 • O Canto do Piaga, 1846 • Primeiros Cantos, 1847 • Leonor de Mendonça, 1847 • Segundos Cantos, 1848 • Sextilhas do Frei Antão, 1848 • Últimos Cantos, 1851 • I - Juca Pirama, 1851 • Cantos, 1857 • Os Timbiras,1857 (inacabado) • Dicionário da Língua Tupi, 1858 • Liria Varia, 1869, obra póstuma) • Canção do Tamoio • Leito de Folhas Verdes • Marabá • Se se Morrer de Amor • Ainda Uma Vez • Seus Olhos • Canto de Morte • Meu Anjo, Escuta • Olhos Verdes • O Canto do Guerreiro • O Canto do Índio • Se Te Amo, Não Sei

Cora Coralina foi uma poetisa e contista brasileira. Publicou seu primeiro livro quando tinha 75 anos e tornou-se uma das vozes femininas mais relevantes da literatura nacional.

Ana Lins dos Guimarães Peixoto conhecida como Cora Coralina, nasceu na cidade de Goiás, no Estado de Goiás, no dia 20 de agosto de 1889. Filha de Francisco de Paula Lins dos Guimarães Peixoto, desembargador, nomeado por Dom Pedro II, e de Jacinta Luísa do Couto Brandão. Cursou apenas até a terceira série do curso primário. Em 1934, depois da morte do marido, Cora Coralina tornou-se doceira para sustentar os quatro filhos. Viveu por muito tempo de sua produção de doces. Embora continuasse escrevendo, produzindo poemas ligados à sua história e aos ambientes em que fora criada, se dizia mais doceira do que escritora. Considerava os doces cristalizados de caju, abóbora, figo e laranja, que encantavam os vizinhos e amigos, obras melhores do que os poemas escritos em folhas de caderno.

Já em São Paulo, em 1934, trabalhou como vendedora de livros. Em 1936, muda-se para Andradina, onde começa a escrever para o jornal da cidade. Em 1951 candidata-se a vereadora. Passados cinco anos, resolve voltar para sua cidade natal. Em 1959, com 70 anos, decidiu aprender datilografia para preparar suas poesias e entregá-las aos editores.

Seu primeiro livro publicado em 1965, com 75 anos. Coralina conseguiu realizar o seu sonho de publicar o primeiro livro "O Poema dos Becos de Goiás e Estórias Mais".

Em 1970, toma posse da cadeira nº. 5 da Academia Feminina de Letras e Artes de Goiás. Em 1976, lança seu segundo livro "Meu Livro de Cordel". O interesse do grande público só foi despertado graças aos elogios do poeta Carlos Drummond de Andrade, em 1980.

 

 

Obras de Cora Coralina

• Poemas dos Becos de Goiás e Estórias Mais, poesia, 1965

• Meu Livro de Cordel, poesia, 1976

• Vintém de Cobre: Meias Confissões de Aninha, poesia, 1983

• Estórias da Casa Velha da Ponte, contos, 1985

• Os Meninos Verdes, infantil, 1980

• Tesouro da Casa Velha, poesia, 1996 (obra póstuma)

• A Moeda de Ouro Que um Pato Engoliu, infantil, 1999 (obra póstuma)

• Vila Boa de Goiás, poesia, 2001 (obra póstuma)

• O Pato Azul-Pombinho, infantil, 2001 (obra póstuma)

 

 

 

 

 

 

 

 

Luiz Nicolau Fagundes Varela, foi um poeta brasileiro. Sua poesia apresenta características da segunda e da terceira geração de poetas românticos do Brasil. Além de apresentar temas sobre a natureza, a angústia, a solidão, a melancolia e o desengano, apresenta também temas sociais e políticos.

 

É patrono da cadeira n.º 11 da Academia Brasileira de Letras.

Fagundes Varela (Luís Nicolau Fagundes Varela) nasceu na Fazenda Santa Clara, em Rio Claro, no Rio de Janeiro, no dia 17 de agosto de 1841. Filho do Magistrado e fazendeiro Emiliano Fagundes Varela e de Emília de Andrade passou a infância junto à natureza.

Em 1860, muda-se para São Paulo, ingressa na Faculdade de Direito no Largo São Francisco e participa da vida boêmia da cidade.

Mudou-se para Paris aos 20 anos e voltou aos 27. Casou-se novamente com uma prima - Maria Belisária de Brito Lambert, sendo novamente pai de duas meninas e um menino, também falecido prematuramente.

Embriagando-se e escrevendo, faleceu ainda jovem, vivendo à custa do pai, passando boa parte do tempo no campo, seu ambiente predileto.

Fagundes Varela morreu com 33 anos de idade.

 

 

Obras de Fagundes Varella

 

•Noturnos (1861)

• Cântico do Calvário (poema 1863)

• O Estandarte Auriverde (1863)

• Vozes da América (1864)

• Cantos e Fantasias (1865)

• Cantos Meridionais (1869)

• Cantos do Ermo e da Cidade (1869)

• Anchieta ou Evangelho na Selva (1875)

• Cantos Religiosos (1878)

• Diário de Lázaro (1880).

 

 

 

 

 

 

 

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Open Monday-Friday 10am-5pm 240 E 52nd St, New York, NY 10022 | +1 (646) 609-1959 Sign Up
1 QUARTA LITERARIA 3 LITERARY WEDNESDAY
A Biblioteca Brasileira de Nova York Sob os auspícios da Brazilian Endowment for the Arts ﷯Prof. Liza Renia Papi Professor in the Fine Arts department at St. John's University Liza Renia Papi holds a master's of fine arts in visual art from City University of New York and is currently studying aesthetics and philosophy at the Institute for Doctoral Studies in the Visual Arts. A working artist who focuses on installation and mixed-media painting, she is currently involved in the traveling exhibition Artists in the Archive: The Alternet, curated by Carla Rae Johnson. She has taught for El Museo del Barrio, the Queens Museum of Art, and the Solomon Guggenheim Museum. She works for the Brazilian Endowment for the Arts. Professor Papi is an adjunct associate professor at St. John's University in New York, where she teaches art appreciation and art history.  WEDNESDAY, AUGUST 30th 2023  Nesta Quarta Literária estamos apresentando Golçalves Dias, Cora Carolina, Jorge Amado, Fagundes Varella, e Milton Hatoum. Assim como Fagundes Varella, e José de Alencar, o escritor Golçalves Dias, é um dos bandeirantes da Corrente Indianista durante o Romantismo no Brasil. Dias destacou-se com o romance A Canção do Exílio, 1843. Muitos outros escritores e escritoras brasileiras fazem aniversário este mês – no entanto, só estamos focalizando em cinco escritores. Contamos com sua colaboração, esperando sua visita para celebrar a cultura brasileira dando valor à todas a raças. Como Jorge Amado fala em seu vídeo anéxo: “Para acabar com o racismo só a miscigenação.”
﷯Gonçalves Dias foi um poeta, professor, jornalista e teatrólogo brasileiro. É lembrado como o grande poeta indianista da Primeira Geração Romântica. Deu romantismo ao tema índio e uma feição nacional à sua literatura. É um dos melhores poetas líricos da literatura brasileira. É Patrono da cadeira nº. 15 da Academia Brasileira de Letras. Primeira geração dos Poetas Românticos. A Independência política, em 1822, despertou a consciência de se criar uma cultura brasileira identificada com as raízes históricas, linguísticas e culturais. Gonçalves Dias é o mais célebre poeta indianista. Exaltou a coragem e a valentia do índio, que passa a ser o personagem principal, o herói. Dias está entre os principais poemas indianistas destacam-se: “Marabá”, “O Canto do Piaga”, “Leito de Folhas Verdes” e principalmente, “I-Juca Pirama” – considerado o mais perfeito poema épico indianista da literatura brasileira. Antônio Gonçalves Dias nasceu em Caxias, Maranhão, no dia 10 de agosto de 1823. Filho de um comerciante português e uma mestiça viveu em um meio social conturbado. Durante os anos da infância, ajudou seu pai no comércio, ao mesmo tempo, que recebeu educação de um professor particular. Em 1838, viajou para Coimbra e ingressou no Colégio das Artes, onde concluiu o curso secundário. Em 1840 matriculou-se na Universidade de Direito de Coimbra, onde teve contato com escritores do romantismo português, entre eles, Almeida Garrett, Alexandre Herculano e Feliciano de Castilho. Durante sua permanência em Coimbra, escreveu a maior parte de suas obras, inclusive a famosa “Canção do Exílio” (1843), onde expressa o sentimento da solidão e do exílio. Em 1845, depois de formado em Direito, Gonçalves Dias retornou para o Maranhão, indo no ano seguinte morar no Rio de Janeiro. Em 1847, com a publicação de “Primeiros Cantos”, conseguiu sucesso e o reconhecimento do público. Recebeu elogios de Alexandre Herculano, poeta romântico português. Ao apresentar o livro, Gonçalves Dias confessa: "Dei o nome Primeiros Cantos às poesias que agora publico, porque espero que não sejam as últimas". Em 1848 publica o livro "Segundos Cantos". Gonçalves Dias foi nomeado professor de Latim e História do Brasil no Colégio Pedro II em 1849. Durante esse período escreveu para várias publicações, entre elas, o Jornal do Comércio, a Gazeta Mercantil e para o Correio da Tarde. Nessa época funda a Revista Literária Guanabara. Gonçalves Dias publica o livro, “Últimos Cantos" em 1851. Regressa ao Maranhão e conhece Ana Amélia Ferreira do Vale, por quem se apaixona, mas por ser mestiço não tem o consentimento da família dela que proíbe o casamento. Mais tarde casa-se com Olímpia da Costa. Em 1862, Dias vai à Europa para tratamento de saúde. Sem resultados embarca de volta no dia 10 de setembro de 1864, porém o navio francês Ville de Boulogne em que estava, naufraga perto do Farol de Itacolomi, na costa do Maranhão, onde o poeta falece na costa do Maranhão, no dia 3 de novembro de 1864. Como poeta da Natureza, Gonçalves Dias canta as florestas e a imensa luz do sol. Seus poemas sobre os elementos naturais. Sua nostalgia o remete à infância, Na Europa sente-se exilado e é levado até sua terra natal através da "Canção do Exílio," um clássico de nossa literatura: Canção do Exílio, 1843 Minha terra tem palmeiras, Onde Canta o Sabiá; As aves, que aqui gorjeiam, Não gorjeiam como lá. Nosso céu tem mais estrelas, Nossas várzeas têm mais flores, Nossos bosques têm mais vida, Nossa vida mais amores. Em cismar, sozinho, à noite, Mais prazer encontro eu lá; Minha terra tem palmeiras, Onde canta o Sabiá. Minha terra tem primores, Que tais não encontro eu cá; Em cismar - sozinho, à noite Mais prazer encontro eu lá; Minha terra tem palmeiras, Onde canta o Sabiá. Não permita Deus que eu morra, Sem que eu volte para lá; Sem que desfrute os primores Que não encontro por cá; Sem qu'inda aviste as palmeiras, Onde canta o Sabiá. Obras de Gonçalves Dias
 • Beatriz Cenci, teatro, 1843 • Canção do Exílio, 1843 • Patkull, teatro, 1843 • Meditação, 1845 • O Canto do Piaga, 1846 • Primeiros Cantos, 1847 • Leonor de Mendonça, 1847 • Segundos Cantos, 1848 • Sextilhas do Frei Antão, 1848 • Últimos Cantos, 1851 • I - Juca Pirama, 1851 • Cantos, 1857 • Os Timbiras,1857 (inacabado) • Dicionário da Língua Tupi, 1858 • Liria Varia, 1869, obra póstuma) • Canção do Tamoio • Leito de Folhas Verdes • Marabá • Se se Morrer de Amor • Ainda Uma Vez • Seus Olhos • Canto de Morte • Meu Anjo, Escuta • Olhos Verdes • O Canto do Guerreiro • O Canto do Índio • Se Te Amo, Não Sei

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